

Iansã
Orixá guerreira, que junto com Ogum é aplicadora da Lei, Senhora do Tempo, aquele tempo climático, os raios, as chuvas, ciclones, furacões, tufões, vendavais e tempestades são as forças naturais de Iansã, aquela que direciona e movimenta. Ela é ar, é respiração, sem respiração não há vida. Responsável pelas transformações (mutações e mudanças) ligadas as coisas materiais, fluidez de raciocínio e verbal.
Iansã é representada como uma mulher batalhadora, corajosa, teimosa, ciente de sua autoridade, guerreira, poderosa e fiel. Ser filha de Iansã é saber dominar os ventos. É saber encaminhar os eguns (espíritos que estão perdidos no Tempo, espíritos negativos que por vingança, até de vidas passadas, atormentam o Ser), que naturalmente são atraídos às suas filhas por pertencerem ao mistério do direcionamento e do cemitério.
É ser paixão, é o sentimento mais forte que a razão, aquela que cria o desejo de possuir. É o orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. Iansã é o vendaval que derruba a ventania que faz tudo balançar. Iansã é Lei atuando no sentido de direcionar os seres que se desequilibram. É a novidade que renova a Lei na mente e no coração humano: é a busca de melhores condições de vida para os seres.
Guia dos espíritos desencarnados, ao lado de Obaluaê, é ela quem indicará o caminho a ser percorrido por aquele espírito que se desprende do corpo.
Comanda a falange dos Boaideiros.
